Hospital Jayme da Fonte

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Data publicação: 19/06/24 | Fonte: Estúdio DP

São João: som alto e fogos podem causar surdez em todas as faixas etárias

No Brasil, mais de 10 milhões de pessoas possuem algum grau de surdez

Por: Marina Costa

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta: mais de um bilhão de pessoas correm o risco de perder a audição devido à exposição excessiva à música alta. Durante as festas juninas, a alegria dos fogos de artifício e a música animada fazem parte da tradição celebrada em todo país. Porém, as festividades preocupam especialistas devido ao perigo do som alto dos fogos das músicas que ameaçam a saúde auditiva de todos, mas principalmente das crianças e dos idosos.

O otorrinolaringologista do Hospital Jayme da Fonte, Alberto Monteiro, explica que a exposição prolongada a esses ruídos pode causar danos temporários ou até mesmo irreversíveis, afetando desde a capacidade auditiva até o bem-estar geral dos pacientes. O ouvido humano é sensível a ruídos acima de 85 decibéis e os fogos de artifício podem facilmente atingir ou ultrapassar esse limite, chegando a 175 decibéis.

O principal sinal de que algo está errado é o surgimento imediato de um zumbido nos ouvidos. Além disso, os pacientes podem apresentar: dificuldade em compreender as palavras, falar muito alto, sensação de ouvido tapado, dificuldade em conversar no telefone e intolerância a sons muito intensos. Esses sintomas podem ser responsáveis pela necessidade de aumentar o volume da TV e rádio e o olhar constantemente para os lábios das outras pessoas para entender melhor as falas.

Apesar de idosos e crianças correrem mais riscos com a exposição a sons altos e fogos de artifício, todos podem desenvolver a perda auditiva, seja ela temporária ou irreparável. O diagnóstico é iniciado através dos próprios sinais percebidos pelos pacientes ou responsáveis, que devem ser encaminhados para a ajuda profissional de um otorrinolaringologista. O tratamento depende da causa, mas pode ser feito através do uso de medicamentos, com o uso de aparelhos auditivos e até uma cirurgia, em casos raros.

Para diminuir o risco da perda auditiva durante e após o período junino, a recomendação de Alberto Monteiro é se distanciar o máximo possível da fonte do som. Se um adulto estiver em um local com uma explosão sucessiva de fogos, é necessário, pelo menos, uma distância de 20 metros. Para crianças, a distância é de 50 a 60 metros. O ideal é não levar bebês e crianças a locais de queima de fogos. "Se não for possível, a indicação é utilizar protetores auriculares e abafadores. Eles ajudam a minimizar os danos", finaliza o especialista.

Com uma ampla rede de atendimento por convênios, o Hospital Jayme da Fonte conta com uma urgência e emergência em várias especialidades, além de consultas ambulatoriais e exames por imagem na área de otorrinolaringologia, entre outras.