Hospital Jayme da Fonte

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Data publicação: 16/11/20 | Fonte: Folha de Pernambuco

Estresse, um vilão das doenças de pele

Agravada por isolamento social, tensão emocional pode provocar danos severos ao corpo. Saiba como controlar e prevenir problema.

O estresse é capaz de causar vários danos ao nosso corpo. E a pele, o maior órgão, não passa batido desses efeitos negativos. Durante a pandemia o isolamento social fez o nível de estresse de algumas pessoas subir tanto ao ponto de deixar marcas aparentes pelo corpo.

De acordo com a dermatologista Raquel Beltrão, do hospital Jayme da Fonte, a pele realiza a função de barreira entre os meios externos e interno e, por conta disso, recebe a interferência de neurotransmissores, hormônios e substâncias imunológicas que agem no desenvolvimento de algumas doenças dermatológicas.

Acne, psoríase, dermatite seborreica(caspa), dermatite atópica (dermatite alérgica), eflúvio telógeno agudo (queda de cabelo intensa recente) e urticária (reação alérgica) são apenas algumas das doenças cutâneas que podem ser causadas ou agravadas por conta da tensão emocional. Para Raquel, é importante procurar um dermatologista assim que notar algo estranho, mas ressalta que nem sempre o problema é superficial. “É preciso entender qual a patologia, quais as características de evolução e compreender suas fases de agudização para, então, decidir quais medidas devem ser tomadas”, explica.

Camila Tenório, 23, é empresária e convive há mais de dez anos com a psoríase. Ao longo desse tempo, ela aprendeu a lidar com o problema e a tomar os cuidados para prevenir. Mesmo sendo uma doença com traços genéticos, Camila já percebeu que as crises atacam principalmente quando ela está sob pressão, nervosa, ansiosa ou triste. “Quando tenho alteração de humor, meu corpo logo começa a mostrar os sinais na pele. No começo da pandemia, quando não podia sair para lugar nenhum, a crise veio muito forte e deixou lesões em várias partes do corpo”, relembra Camila. “Eu preciso muito de sol, o saudável, logo no início da manhã, e de academia, tanto para controlar o peso quanto para aliviar o estresse. Sem nada disso, eu surtei e foi um cenário propício para que a psoríase atacasse”, emendou.

Pele e mente andam interligados, conforme explicou a dermatologista Cláudia Maranhão. “sempre digo aos meus pacientes: ‘mente sã, corpo são”, destaca Cláudia. Para ela, o estresse mexe na pele, que mexe com a autoestima, que reflete mais uma vez na pele, tornando-se um ciclo sem fim. “Muitos pacientes chegam tristes por conta da autoestima, muitas dessas doenças não são contagiosas, mas isso não impede os olhares constrangedores dos outros. É preciso entender que doenças como psoríase, por exemplo, não tem cura, mas tem tratamento, e é possível conviver” pontuou Cláudia.

Hoje, sabendo como controlar e prevenir a doença, Camila contra que as crises estão bem menos severas. “A dica que dou é você conhecer o seu corpo e, claro ter acompanhamento médico”, complementou.

Doenças de pele x estresse: uma relação perigosa

·         Para algumas doenças de pele, o estresse pode funcionar como um gatilho de agravo, como é o caso da psoríase, da dermatite atópica, do vitiligo, entre outras.

·         Mesmo que algumas doenças tenham traços genéticos, ou seja, sejam hereditárias, é importante investigar que disfunção no organismo está provocando o problema.

·         Algumas doenças como a psoríase e o vitiligo não tem cura, mas isso não limita o paciente, pois existem tratamentos que facilitam a convivência com o problema.

·         É de extrema importância que o paciente proteja a pele e siga a recomendações de um dermatologista. Que deve indicar o manejo adequado de proteção solar, hidratantes, pomadas e cremes.

·         Também é muito importante manter uma alimentação correta e balanceada, para que as taxas do organismo fiquem adequadas.

·         Exercícios físicos também ajudam no controle de taxas e no alívio do estresse.